Poder dos algoritmos
Você já observou que algumas vezes ao acessar um site ou ambiente virtual sua senha e dados já estão registrados no sistema? Ou quando você realiza uma pesquisa de algum item para compra e por algum tempo as publicidades que aparecem na sua tela serão deste mesmo item ou similares? Esses são exemplos dos algoritmos em ação, trabalhando para recolher, analisar e responder a um grande volume de dados coletados na web. Vamos conhecer um pouco sobre como funcionam.
Considerados como a “nova mídia” por André Lemos (2021), os algoritmos são fundamentais para a compreensão do que é a cultura digital, pois “eles decidem o que é visível e invisível (...) torna estranho o inabitual, o diferente, o invisível” (LEMOS, 2021, p. 42). Os algoritmos são programados para coletar, armazenar e analisar nossos dados para usos publicitários, políticos e capitalistas.
Para Lemos, “com as atuais redes sociais digitais, o sujeito age junto com os algoritmos (...) que produzem um direcionamento invisível das ações e fazem com que algumas informações apareçam mais do que as outras, dirigindo o engajamento para uma maior monetização dessas plataformas” (LEMOS, 2021, p. 50).
Ao abordar sobre o tratamento de dados, o autor fala sobre a tecnologia como uma construção social. Seus estudos apresentam o aumento da utilização das tecnologias digitais no período da Pandemia de Covid 19, aumentando também a solidão, a individualização e a reinvenção social, a exemplo do que aconteceu nas escolas, onde os profissionais tiveram que buscar novas formas de realizar seu trabalho.
Sua análise denomina a tecnologia como um vírus que precisa do homem para viver e acaba se tornando parte de sua essência natural e cultural, ressaltando um papel de destaque a racionalidade algorítmica.
Referência: LEMOS, André. A tecnologia é um vírus: pandemia e cultura digital. Porto Alegre: Sulina, 2021.
Como funcionam os algoritmos e quais suas implicações sociais?
Preparamos para você, professor e professora, uma sugestão de slides didáticos com o tema da Cultura da Interface para você levar essa discussão para sua sala de aula.